[Fechamento carteira] Março de 2013

Março acabou, e a bolsa brasileira se desloca negativamente em relação as bolsas mundiais. Como alertou Miriam Leitão em sua coluna, " o Dow Jones tem alta de 10%; o S&P, 9,3%; Nasdaq, 7,7%. Na Europa, a bolsa da Irlanda sobe 15%. A da Inglaterra, 10%. O principal índice da Alemanha, o DAX, sobe 2,4%; o CAC, da França, sobe 1,5%. Até mesmo as bolsas da Itália, Grécia e Espanha, que estão no vermelho, têm quedas menores que a nossa. Grécia cai 6,4%; Itália, 5,6%; Espanha, 3,2%. 

Para tentar entender o que aconteceu, portanto, é preciso olhar para problemas internos, não dá para culpar a crise internacional.
Segundo Álvaro Bandeira, uma parte da explicação está na mudança do olhar de investidores estrangeiros sobre o Brasil. Depois de um longo período surfando no bom momento, o país perdeu atração em relação a latino-americanos, principalmente México, Chile, Colômbia e Peru." 

Hoje, na bolsa brasileira há duas forças que trabalharam contra o índice no primeiro trimestre, a força micro e a força macro. 

A força micro pode ser dividida em 5 fatores que influenciaram negativamente o Ibovespa, quais sejam: 

1) Eike Batista 

2) Vale 

3) Petrobras 

4) Siderúrgicas 

5) Incorporadoras 

Todos esses setores, por fatores internos viveram um momentum de aversão ao risco, queda de expectativas e fracos resultados anunciados no 4T2012, juntos foram o principal vetor de desvalorização do Ibovespa. 

Já a força Macro, que empurrou o Ibovespa para baixo foram as já conhecidas questões que se intensificaram nesse 1° trimestre, quais sejam: 

1) Inflação Alta 

2) PIB Baixo 

3) Intervencionismo estatal 

Não há dúvidas que o Ibovespa está barato, o atual momento é uma ótima oportunidade para quem está de fora começar a investir em ações. No curto prazo a bolsa pode até cair mais um pouco, porém não há muito espaço para quedas, calculo que se o ibovespa caísse mais 20% estaríamos no mesmo patamar do auge da crise de 2008, o que seria totalmente fora de propósito. 

Vamos ao meu resultado, fui fortemente impactado pela queda das ações da construtora Viver (inclusive tive que realizar uma saída forçada do papel), esse mês, minha rentabilidade foi (- 2,02%), dos quais a Viver contribuiu com (-2,94%). Finalizei o trimestre com +4,67% de rentabilidade.

Rentabilidade Mensal 2013
Mês	Carteira	Ibovespa
Janeiro	2,50%	-1,95%
Fevereiro	4,23%	-3,91%
Março	-2,02%	-1,87%
Ano	4,67%	-7,55%

Estou sem muito tempo para entrar em detalhes, mas encerrei posição em Viver e Cielo neste mês. Quanto a Cielo, a empresa é incrível, mas andei fazendo uma pesquisa de campo e o setor está com forte acirramento da concorrência. Já Viver, é um papel quase sem liquidez, e estava muito pressionado, o papel subiu mais de 80% em jan-fev., daí em março chegou a hora de uma forte correção. Resolvi sair, e esperar o resultado do 4t2012 que sai essa semana. 

Com os resultados do 4T2012, saídos do forno, resolvi abrir posição em algumas empresas e diversificar mais minha carteira, comprei as seguintes ações:

- Guararapes (GUAR4) 

- Tempo Assist (TEMP3) 

- Lojas Saraiva (SLED4) 

- Natura (NATU3) 

Segue, exposição detalhada das compras, com preço médio e exposição da posição perante a carteira:

Além dessas ações, comprei um pouco de títulos públicos, pré-fixados, a NTN-F 2023 que está pagando 140% do cdi, com uma taxa de juros de 9,62% ao ano.

Ao fim, do mês, minha carteira ficou assim:

Ativo	Variação no Mês*
Queiroz Galvão	-3,4%
Magnesita	-8,9%
Portobello	0,2%
Pão de Açucar	7,9%
Guararapes PN	5,8%
Tempo Part.	4,5%
Livraria Saraiva PN	4,9%
Natura	0,3%
NTNF 010123	-1,1%

Contribuição de Cada ATIVO para a Rentabilidade Total do Mês (março/2013)
Ativo	Status Posição	Contribuição %
QGEP3	Aberta	-0,38%
MAGG3	Aberta	-1,25%
PTBL3	Aberta	0,03%
PCAR4	Aberta	1,39%
GUAR4	Aberta	0,96%
TEMP3	Aberta	0,27%
SLED4	Aberta	0,46%
NATU3	Aberta	0,02%
OGXPD4	Aberta	-0,37%
VIVR3	Fechada	-2,94%
CIEL3	Fechada	-0,43%
NTNF-2023	Aberta	-0,02%
Total		-2,02%

Que o 2° trimestre seja melhor para todos!!!